A forma como as equipas de perfuração falam nas plataformas poderá em breve ser normalizada em todo o mundo para melhorar a segurança e maximizar a eficiência, graças à investigação pioneira da Universidade de Oklahoma.
A Universidade de Oklahoma efectuou estudos detalhados sobre a linguagem e os comandos de perfuração utilizando cenários reais num simulador drillsim:50 da drilling systems.
Uma equipa de professores de topo na área do petróleo e do gás testou os tempos de reação a dezenas de comandos e frases de perfuração e descobriu diferenças significativas nas respostas e o aparecimento de frases "perfeitas" e "imperfeitas".
Por exemplo, a utilização de frases "imperfeitas" e não específicas, como "diminuir a rotação em 45" ou "bombear demasiado devagar, bombear mais depressa", resultou em tempos de reação significativamente mais lentos. Frases "perfeitas" como "diminuir RPM para 75" ou "aumentar SPM para 140" tiveram muito mais sucesso - obtendo taxas de conclusão de 100%. Ao testar especificamente alterações de parâmetros ao nível de principiantes, os formandos foram, em média, 14 segundos mais rápidos. Tempos de resposta mais rápidos podem provar situações de emergência críticas.
Trata-se de uma investigação distinta que poderá revolucionar as comunicações de perfuração. Outros benefícios incluem o aumento dos padrões de segurança, a melhoria da eficiência nas plataformas de perfuração, bem como a aceleração dos prazos de formação.
Catalin Teodoriu, professor associado da Mewbourne School of Petroleum and Geological Engineering da Universidade de Oklahoma, afirmou"Na aviação, existem frases-padrão para todas as operações, pelo que não importa a língua que se fala ou o avião que se pilota, sabe-se exatamente qual o significado de um determinado comando. Isto proporciona uma "mão curta" para a comunicação e elimina a possibilidade de mal-entendidos ou erros.
"Para o campo petrolífero, este tipo de normalização universal nas comunicações de perfuração nunca foi totalmente implementado, mas a nossa investigação mostra que pode fazer uma enorme diferença no número de incidentes de erro humano e na maximização da eficiência.
"Os simuladores da Drilling Systems criam um ambiente extremamente realista e envolvente e colocam as pessoas na plataforma num cenário de perfuração. Como os gráficos e os cenários são tão realistas, os tempos de reação são os mesmos que seriam no terreno. Conseguimos construir uma imagem abrangente dos resultados da utilização de diferentes expressões na formação e no terreno. Tornou-se imediatamente claro que, ao estabelecer uma linguagem de perfuração "perfeita" e completa no simulador, poderíamos melhorar radicalmente a segurança e a eficiência na perfuração de campos petrolíferos e no ensino de estudantes. Estamos atualmente a trabalhar com a Drilling Systems num Livro Branco para destacar as nossas descobertas para a indústria e esperamos obter feedback sobre a ideia de uma linguagem de perfuração universal."
Clive Battisby, diretor de simulação do 3t Energy Group, que inclui a Drilling Systems, afirmou: "Esta investigação da Universidade de Oklahoma é extremamente interessante e poderá transformar as comunicações no sector da perfuração. Estamos muito satisfeitos por termos participado e esperamos continuar a trabalhar em estreita colaboração com a Universidade em estudos futuros".